Translate

quarta-feira, março 22, 2006

Machamba

“A nossa Missão continua a crescer. Já temos 20 meninas connosco na Casa Família. Ainda falta o Refeitório mas Deus está a tratar do assunto. Por enquanto continuamos a comer lá fora no pátio. Até que é agradável comer fora todos os dias!

A Escola Secundária está a funcionar em pleno com dois turnos, manhã e tarde, onde 430 alunos estão a adquirir a sua formação profissional.

O levantamento das crianças da nossa população imediata, para o programa de apadrinhamento está a correr com muito sucesso.

As mães continuam a vir até nós para aprender a ler e escrever, aprender costura, aprender a tomar conta dos seus bebés e crianças, enfim, receber todo o apoio que lhes podemos dar.

…mas… e o FUTURO?...

Não podemos andar eternamente de mão estendida a pedir esmola. Temos de garantir o nosso sustento.

Então como vamos fazer?...
Esta terra de Inharrime é tão vermelha… tão fértil… tão boa…

Temos água no nosso poço… É abundante e potável. Dá para o consumo do centro e da população local… dá para rega…


E se rentabilizássemos este terreno, que, tão generosamente nos foi dado?...

…E se o cultivássemos?... criássemos uma Machamba?...
O produto, não só alimentaria as crianças e irmãs do centro, a população e os nossos trabalhadores, como também podia ser vendido, ou localmente ou para exportação…



Mas… cultivar o quê?...
Talvez começar com castanha caju, depois amendoim e coco, frutos tão apreciado por todo o mundo e com escoamento garantido. Depois íamos para a laranja e tangerina…



…mas… quem nos vai ajudar? Nós não percebemos nada desta agricultura…

Eis que nos aparece o Miguel, um jovem colombiano, engenheiro agrónomo, que decide dar um ano da sua vida, dar o seu saber, o seu trabalho, para darmos os primeiros passos.

Para o auxiliar nesta tarefa, contratamos os homens locais, que, tanto acreditam que o trabalho honesto é a melhor resposta para saírem da miséria.
Homens trabalhadores!


Porém o trabalho é pesado. Não podem cultivar apenas com enchadas…

…Tem de ser… Temos que ir bater a mais portas e pedir ajuda…


Desta vez foi um banco espanhol, que, não só nos ofereceu o tractor, as suas alfaias e atrelado, como também nos trouxe tudo até aqui, Inharrime, à nossa Missão.

Como Deus é bom… Como o coração do Homem é generoso…
Só nos resta dizer:
KANIMAMBO!"

0 comentários: