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terça-feira, agosto 14, 2012

Um dia ao serviço da Padaria

Queridos Amigos, Padrinhos e Visitantes, Cá estou outra vez no nosso diário de campo. Hoje vou-vos falar sobre o dia a dia do Centro, principalmente da Padaria. O dia começa muito cedo no Centro Laura Vicuña. A comunidade religiosa levanta-se às 5h00 e começam o seu dia com as orações. às 5h30 levantam-se as meninas que preparam o pequeno almoço para as outras. As aulas aqui começam às 7h00 logo há que levantar cedo. Hoje estive de serviço na Padaria. O motorista não estava e eu vesti a farda. A Padaria trabalha 24 sobre 24 horas a misturar ingredientes, amassar, formar e cozer. São cerca de 8000 carcaças que são feitas por dia, uns 500 cacetes grandes e pequenos e umas 100 arrufadas. Estes são vendido quer aqui no local, na padaria como já tive oportunidade de dizer quer pelas aldeias e lugares onde há cantina ou loja. Então hoje de manhã bem cedo, pelas 6h15, com o carro carregado lá fomos nós, eu e o Sr. Filipe em direcção ao sul, uns 15 km do centro e começamos a deixar, 100 carcaças aqui, 50 além, etc. Depois lá vamos nós para o Mercado de Inharrime deixar 1000 a 1500 por dia, 50 cacetes e 50 arrufadas. Depois é pelas picadas a dentro, chegar a uma povoação e apitar a buzina lá vêem as crianças a correr a recebernos. Umas vezes envergonhadas agarradas às saias das mães e outras arrojadas a falar comigo. Sempre com sorrisos e gargalhadas, dizendo um bom dia bem pronunciado. É uma festa a vinda do padeiro. Fez-me lembrar as nossas aldeias onde ainda o peixeiro, o padeiro e o mercieiro vão até às aldeias, tal e qual. Depois de volta ao centro para almoçar e ncher de novo. De tarde, hoje é o caminho para Mucumbine a uns 50 Km este de Inharrime, por aquelas picadas a dentro. Estradas de terra batida com valas grandes pelo meio. Sintia-me como que a cavalo de um camelo attravessando as dunas do deserto. Mas a paisagem é bem diferente. Coqueiros, papaeiras, plantas da mandioca, ananaseiros, espigas e milho salpicando a paisagem. A cada esquina uma loja, uma banca de venda e mais pessoas a querer o "Pão do viajante". Depois de vender tudo, de regresso ao centro, mais 50 km de altos e baixos, utilizando apenas uma faixa da estrada. Quando nos cruzamos quem vai na faixa errada, arreda-se e deixa passar o outro carro para logo depois ocupar o seu lugar. Contudo, tudo é feito com ordem e tolerância. Tanto que aprenderiamos com este povo, tanto! Quando chegamos, lá pelas 18h00, já escuro, é que me aprecebo que estamos na rua há 12 horas a vender pão. Depois é banho, jantar e cama. E assim se passou mais um dia em Inharrime. Uma vez que não consigo publicar aqui as fotos, por favor consultem o nosso Facebook, pois elas vão estar lá dentro de momentos. A partir de Inharrime recebam o nosso grande Obrigada pela vossa presença aqui. KANIMAMBO

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